3

Equador: renovação e polarização no campo da esquerda

Rodas da Rosa #16

O 1º turno das eleições presidenciais no Equador, em 7 de fevereiro, se soldou com um cenário de renovação e polarização no âmbito das forças de esquerda. O candidato indígena do partido Pachakutik, Yakú Perez, empata na disputa pelo segundo lugar com o candidato de direita, ambos com pouco mais de 19% dos votos, enquanto o candidato que representa o correísmo não ganha no 1º turno, como anunciado. Yakú Perez registra um desempenho surpreendente apoiado por movimentos sociais, ambientalistas, jovens, feministas e pelo movimento indígena. A ocorrência de fraude nas eleições é evidenciada por Yakú Perez; um acordo visando a recontagem dos votos como permite a Constituição é firmado, mas logo abandonado pelo candidato de direita e pelo Conselho Nacional Eleitoral. Sociedade civil, organizações democráticas e comunidades indígenas denunciam um golpe político que tira Yakú Perez do 2º turno. O racismo toma conta da campanha eleitoral.

Que lições tirar dos eventos em curso no Equador para a esquerda latino-americana e especialmente a brasileira?

Convidados

Pablo Ospina é professor de Estudos Sociais e Globais da Universidade Andina Simón Bolívar.

Maria del Carmen Martinez Novo é professora de Estudos Latinoamericanos na Universidade da Flórida.

Marc Saint-Upéry é jornalista, editor e tradutor. Autor de El sueño de Bolívar: El desafío de las izquierdas sudamericanas.

Mediação: Fernando Rugitsky